O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), é um quadro considerado complexo e que pode levar o indivíduo de uma emoção a outra com muita intensidade e, em boa parte das vezes, isso se apresenta de forma desproporcional para as pessoas que estão em volta.

Em linhas gerais, o “border” como é chamado costumeiramente por médicos e psicólogos, possui um padrão de emoções instáveis tanto nos comportamentos, quanto nos relacionamentos. Outro ponto que vale destacar, para além da instabilidade emocional, é a falta de tolerância em relação às frustrações.

Um exemplo: quando pessoas com esse transtorno se sentem preteridos ou negligenciados, a resposta disso, como medo ou até mesmo raiva, acaba sendo muito intensa. Além de existir uma tendência de mudar abruptamente o ponto de vista que tem em relação ao outro, indo do amor ao ódio ou da euforia à desilusão.

Esse pensamento maniqueísta é algo que acompanha pessoas que sofrem com esse transtorno.

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A psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, fala que a alteração de identidade é uma característica marcante do borderline é ser quase 100% emoção. “ Diferente dos psicopatas, que são 100% racionais, o border  tem uma intensidade emocional muito grande e “capota” nessas emoções. Outro ponto é que ele não se vê uma pessoa inteira. Ele tem um vazio e a consciência desse vazio, que é existencial, que o torna dependente do outro”, relata a psiquiatra ao podcast “Cortes do Inteligência”.

Ainda de acordo com a médica, existem outros fatores que podem indicar o diagnóstico, são eles

  • Impulsividade que podem se apresentar em diferentes formas como abuso de substâncias, gastos descontrolados, direção perigosa, promiscuidade, entre outros;
  • Dificuldade para controlar a raiva
  • Instabilidade e intensidade afetiva
  • Automutilação e pensamentos suicidas
  • Instabilidade em relação à autoimagem
  • Sentimentos polarizados

Apesar de não ter cura, o Transtorno Borderline tem tratamento e, quando diagnosticado da forma correta, o paciente tem plenas condições de manter relações saudáveis e funcionais. Para isso, é essencial procurar profissionais da área da saúde, como médicos e psiquiatras.