Algumas histórias na literatura e no cinema contribuem para uma ideia um tanto quanto equivocada sobre a psicopatia. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, os psicopatas não são, necessariamente, assassinos em série ou indivíduos que cometem crimes graves.

É claro que muitos criminosos são psicopatas. Porém, o que define esse transtorno é a falta de capacidade discernir emoções. E esse transtorno afeta cerca de 3% da população em todo mundo.

A psicopatia acontece por uma anomalia no córtex orbitofrontal, que é a região cerebral responsável pelas emoções humanas. Alguns estudos sugerem uma influência genética, porém não existe uma causa específica para alteração.

Essa falha na parte do cérebro que é responsável pelas emoções torna a pessoa incapaz de perceber os sentimentos. Os dele e também dos outros. São pessoas apáticas e completamente dominadas pela razão. É bastante comum que eles simulem emoções na tentativa de se enquadrar ou manipular situações. Essas situações, geralmente, envolvem três fatores: dinheiro, status ou poder.

Os psicopatas não sentem culpa, tristeza, remorso e também são incapazes de aprenderem com seus erros. Apesar de muitas vezes, se mostrarem prestativos, sedutores e até generosos.

Entenda os níveis de psicopatia

Psicopata de grau leve (ou comunitário)

Esse nível é o mais comum e também o mais complicado de diagnosticar. Quem apresenta este tipo do transtorno dificilmente se tornará um assassino. Mas terá características de difícil convivência, são elas:

  • Hábito ou compulsão por mentir;
  • Frieza;
  • Extrema racionalidade;
  • Completa incapacidade de empatia.

Fora essas características, também são manipuladores, oportunistas e dissimulados.

Psicopata de grau moderado a grave

Estes níveis são perigosos visto que, além de todas as características do nível um, são mais agressivos.

Existe tratamento para psicopatas?

Não existe tratamento específico para este transtorno. Cada pessoa diagnosticada será tratada de acordo com a gravidade, faixa etária e também com a provável presença de outros transtornos de personalidade.

Diferente da psicose, que gera distorções da realidade, alucinações ou manias, na psicopatia o indivíduo não apresenta problema com a realidade. Ao contrário: a domina muito bem e possui um controle excessivo dela.

A psicopatia e o narcisismo

O transtorno gera uma supervalorização de si mesmo e uma forte tendência ao narcisismo. Essas pessoas realmente acreditam que são o centro de tudo. Geralmente, possuem metas irreais por se basear em uma visão ampliada das próprias habilidades.

Sabemos que existem muitas pessoas com sociopatia no mundo e praticamente todos nós já esbarramos ou até convivemos com alguém assim. Esses indivíduos podem estar em qualquer profissão e não costumam ser violentos, como acredita imaginário das pessoas. Porém, exigem uma boa dose de cuidado.