Solidão é um assunto muito solicitado pelas pessoas que chegam ao Instituto Douglas Maluf, como também pelas redes sociais. Esse artigo, por exemplo, foi desenvolvido a partir de um pedido de uma seguidora. Além disso, por motivos óbvios, o tema apareceu com mais força durante o período de distanciamento social.

Mas, para além dessa pandemia que impôs esse afastamento, é curioso pensar que a solidão é uma questão tão presente em uma era tão cheia de estímulos e de comunicação. Mia Couto fala que a nossa solidão nunca foi tão dramática.

“Nunca o nosso mundo teve ao seu dispor tanta comunicação. E nunca foi tão dramática a nossa solidão. Nunca houve tanta estrada. E nunca nos visitamos tão pouco.”

Mia Couto

Será que toda essa tecnologia e a possibilidade de estarmos sempre nos comunicando, nos aproxima de fato? Ou será que encontramos nela uma forma mais confortável de nos relacionarmos com uma distância segura?

É claro que temos considerar que todos esses meses de distanciamento social, funcionaram como uma espécie de lupa e algumas sensações podem ser intensificadas.

Cada um reagiu de uma forma a todo esse estresse e ansiedade que a pandemia acabou gerando. Algumas pessoas ficaram mais carentes e inseguras e nessa hora é preciso cautela para não procurar “muletas emocionais”.

A Inteligência Emocional como aliada contra a solidão

Solidão x solitude

O primeiro passo é fazer um exercício de perspectiva e diferenciar solidão de solitude. Nesta era tão conectada e cheia de estímulos, estar só pode parecer algo ruim e doloroso. Mas não precisa ser assim. É possível usar esse momento para encontrar a beleza do silêncio (que anda cada vez mais escasso).

Momentos de solidão podem ser extremamente funcionais no sentido de aproveitá-lo para observar as próprias emoções, além é claro de dar uma chance para sua própria companhia.

Autoconhecimento para identificar os porquês

Aí esbarramos na base da Inteligência Emocional que é o autoconhecimento. Quando você passa a se conhecer, você aprender a entender quais são seus potenciais e também a lidar muito melhor com as suas dificuldades (inclusive com a solidão).

Além disso, o autoconhecimento é fundamental para identificar certos padrões que te limitam, como também se cobrar menos. Às vezes, se fechar para outras pessoas é um padrão que foi estabelecido a partir de uma crença de que dessa forma você estará seguro.

Até que ponto essa sensação de solidão é algo imposto para você e qual é a sua responsabilidade nisso? Será que você anda construindo muros em vez de pontes? Esses questionamentos são fundamentais para investigar qual é a origem dessa solidão.

Ah, vale lembrar que esse processo não tem começo, meio e fim, É algo constante, um processo…E essa habilidade será uma grande aliada na hora construir relacionamentos saudáveis e positivos.

Carência x Responsabilidade afetiva

Se existe algo de perigoso na solidão e na carência afetiva é uma certa tendência em se envolver com outras pessoas na tentativa de preencher um espaço vazio. É muito difícil construir um relacionamento saudável, quando a principal motivador é a carência, o tédio ou ego.

É preciso responsabilidade na hora de despertar sentimentos e expectativas ( isso vale para você e para o outro). Antes de ser um par, é preciso estar confortável na própria companhia.

Solidão vicia?

Segundo o escritor Paulo Coelho, a solidão vicia tanto quanto as drogas mais perigosas. Para algumas pessoas, passado aquele incômodo inicial que é estar só, a solidão vai aos poucos tomando conta de certos espaços internos e se instalando confortável e silenciosamente.

Afinal, ela também pode representar a segurança e a certeza da ‘não decepção’. Só que, da mesma forma que é preciso saber estar só, também é necessário criar o entendimento de que o aprendizado acontece no encontro. É como na frase do poeta americano Henry Thoreau, citada no filme Na Natureza Selvagem: “A felicidade só é real quando é compartilhada”.

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