A depressão pós-parto, conhecida como DPP, é um tema, ainda, carregado de muito tabu, já que fere o ideal de mãe que conhecemos desde a tenra infância: a de protetora e cuidadosa com sua cria.

Porém, esse tipo de transtorno é mais comum do que se imagina e pode ocorrer após qualquer parto – não necessariamente só o do primeiro filho e, geralmente, começa entre a primeira e terceira semana após o nascimento do bebê.

São cerca de 2 milhões de casos por ano diagnosticados no Brasil. De acordo com uma pesquisa da Fiocruz, cerca de 25% das mães brasileiras podem sofrer de depressão pós-parto, cuja prevalência é maior em mulheres que sofrem de algum tipo de transtorno, entre eles a depressão, uma gravidez indesejada, de classe socioeconômica vulnerável ou ter sido vítima de violência doméstica.

Boa parte das recém-mamães – entre 50% e 80% – sentem alguma tristeza e irritabilidade logo após o parto e duram até, no máximo, 15 dias e desaparecem depois desse período. É a chamada baby blues, expressão que significa uma leve tristeza e que acomete algumas mulheres após o nascimento do bebê.

No entanto, as que sofrem da depressão pós-parto, os sinais surgem algumas semanas depois do nascimento e esses sintomas impossibilitam as tarefas diárias da mulher.

As causas que levam à depressão pós-parto ainda são investigadas, mas as alterações hormonais – que caem vertiginosamente após a gestação -, estão entre os principais fatores considerados pelos médicos. Contudo, especialistas chamam a atenção para os casos mais graves, quando a mulher pode deixar de cuidar da criança, ter raiva dela e até pensar em suicídio.

Conheça os sinais da depressão pós-parto

  • Ansiedade
  • Ataque de pânico
  • Alterações de humor severas
  • Descontentamento geral
  • Desesperança
  • Choro excessivo
  • Perda de interesse ou prazer em atividades
  • Raiva
  • Tristeza
  • Falta de concentração
  • Isolamento social
  • Cansaço
  • Perda de apetite
  • Sentir-se deprimida
  • Dificuldade de criar laços com seu bebê
  • Afastar-se de pessoas queridas
  • Perda de apetite ou comer muito mais do que o normal
  • Insônia
  • Dormir demais
  • Medo de não ser uma boa mãe
  • Sentimentos de inutilidade, vergonha, culpa, ou inadequação
  • Sentir que não dá conta das tarefas diárias
  • Pensamentos que envolvam vontade de se ferir ou ferir o bebê
  • Pensamentos recorrentes sobre morte ou suicídio.

Por fim, é preciso avaliar com o médico se qualquer um dos sintomas listados acima são percebidos por mais de duas semanas e qual a intensidade.

A importância da Inteligência Emocional no tratamento da depressão pó-parto

A depressão é um transtorno que envolve diversos fatores. É necessário, além do tratamento médico, prestar atenção nos fatores emocionais. Portanto, desenvolver a Inteligência Emocional é fundamental para criar as habilidades necessárias e enfrentar este problema.