A dependência química é um assunto cercado de tabus sociais. Porém, quando se fala em luta contra as drogas, a primeira coisa que é preciso ter em mente é que o vício em qualquer substância não significa um desvio de caráter. Trata-se de uma doença como qualquer outra.

As drogas mobilizam o sistema de recompensa do cérebro. Essa estrutura é responsável por receber estímulos agradáveis e transmite essa sensação para o resto do organismo. Isso ocorre quando nos alimentamos, quando sentimos emoções positivas ou então quando estamos apaixonados.

É exatamente nesta estrutura cerebral que as drogas interferem. Funciona como uma espécie de ilusão química que dispara uma sensação imediata de prazer e, com o passar do tempo e o uso contínuo, as fontes naturais de recompensa perdem força. Aumentando cada vez mais a necessidade da droga.

Uma das principais dificuldades de quem enfrenta este problema é admitir que o vício existe. Muitas vezes, o indivíduo tem consciência que o uso de drogas é algo prejudicial mas acredita que é perfeitamente possível interromper o hábito quando, de fato, ele quiser.

Como lidar com um dependente químico?

Se você convive com um dependente químico, é preciso controlar o desapontamento, por mais difícil que isso seja. Por mais desgastante que seja a convivência, controlar o próprio comportamento é fundamental.

Na grande maioria das vezes, quem enfrenta um problema com drogas perde os parâmetros de um convívio social saudável. Nesse sentido, procurar ajuda especializada é fundamental. Em paralelo, é preciso dosar entre estabelecer limites claros e demonstrar uma atitude disponível caso a pessoa queira ajuda.

Como a Inteligência emocional pode ajudar na luta contra as drogas

Dependência química é algo complexo e precisa ser tratada em diversos aspectos. Afinal, existem os fatores químicos e biológicos, a parte psicológica, social e familiar. Neste contexto, entender e saber lidar com as emoções é essencial para enfrentar problema.

Cada indivíduo interpreta de forma distinta a síndrome da abstinência que a falta da droga causa e isso ocorre não apenas pela busca pelo prazer, mas sim pela tentativa de evitar o desconforto e o sofrimento que a ausência da droga produz.

Qualquer tipo de dependência é um processo de aprendizado. Um fumante, por exemplo, logo ao acordar já manifesta sintomas de abstinência, ao fumar esse desconforto diminui. Meia hora depois, os níveis de nicotina caem, a capacidade de concentração diminui e ele vai aprendendo a usar o cigarro não para ter uma fonte de prazer e sim para barrar os efeitos negativos que a falta da substância causa.

Sob esse ponto de vista, a dependência também é fruto de um mecanismo emocional e psicológico que tenta evitar a dor e desconforto. A compulsão por qualquer droga ou substância é menor entre indivíduos que conseguem tolerar a abstinência por mais tempo e administrar a inquietação que ela causa.

E é nessa hora que a Inteligência Emocional se faz como grande aliada na luta contra as drogas. Pessoas que trabalham suas emoções têm mais facilidade para lidar com seus próprios impulsos e possuem ferramentas para não extravasar a raiva, a solidão ou a ansiedade em hábitos pouco saudáveis.

Em suma, as drogas cumprem o papel de suprir necessidades emocionais que não foram identificadas ou trabalhadas como deveriam. Caso você esteja passando por esse problema, ou conhece alguém que luta contra o vício, conheça o Método MD, um treinamento que propõe um entendimento emocional e ajuda a evitar o desenvolvimento de vícios.