A gagueira é uma disfunção que afeta a fala e tem origem psicomotora, prejudicando a fluência na hora de se comunicar. Esse problema tem como característica a repetição de sílabas e sons. Ou também interrupções na fala que são involuntárias. A gagueira tem início ainda na infância e pode, ou não, persistir na vida adulta.

Essas interrupções na fala podem acontecer de forma pontual e por motivos específicos, como por exemplo ao precisar falar com um grande número de pessoas, ou se comunicar com alguém que desperte uma certa insegura.

Mas, a disfunção também pode ser crônica e ocasionar certos impedimentos na rotina do indivíduo como conversar com familiares, amigos ou até em situações simples do cotidiano como pedir um simples café.

Cerca de 5% da população em todo mundo apresenta o problema na fase do desenvolvimento da fala. Porém, é comum que a gagueira desapareça com o tempo e apenas 1% das pessoas apresentam o distúrbio de forma crônica – isso significa uma média de 70 milhões de pessoas.

Os principais fatores para a gagueira

Atualmente, a ciência entende que a gagueira pode ser ocasionada (ou agravada) por um conjunto de fatores. São eles: genética ou questões médicas, como lesões intracranianas ou AVC. Mas, também existem os fatores emocionais e psicológicos que não geram, de fato, o problema, mas que podem agrava -lo, caso exista uma predisposição orgânica:

  • Stresse
  • Episódios traumáticos
  • Crescer em ambientes agitados e com estímulos e linguagem muito complexos para uma criança

Em suma, fatores emocionais e psicológicos funcionam como agravantes para indivíduos que já tenham uma predisposição para a gagueira.

Como funciona o tratamento para a gagueira?

A gagueira é um distúrbio neuroquímico que afeta as estruturas pré-motoras da fala. Por conta disso, sessões de fono auxiliam o paciente com técnicas que serão utilizadas para que ele consiga se comunicar de forma mais fluida.

Em paralelo, é importante trabalhar os aspectos emocionais que podem agravar o distúrbio ou então impedir a eficácia do tratamento. Trabalhar a autoestima e autoimagem é essencial durante esse processo.

Fora isso, entender a importância de conter a timidez para não deixar de se expressar e de controlar a ansiedade que é naturalmente gerada por conta do problema.

Por fim, entender os gatilhos emocionais que podem estar agravando a gagueira é algo importante para quem possui esse distúrbio. O desenvolvimento da Inteligência Emocional cria a capacidade para entender esses gatilhos e também para controlar emoções que podem acompanhar o problema, como a ansiedade, a timidez e baixa autoestima.