Arrancar os cabelos não é apenas uma figura de linguagem para ilustrar períodos estressantes. Trata-se de um transtorno de falta de controle de impulsos chamado Tricotilomania. É o hábito de arrancar os cabelos ou pelos do corpo. Essa mania é ocasionada pela ansiedade quando vem acompanhada de um outro elemento: a tensão.

Entenda mais sobre o transtorno neste artigo.

Tricotilomania é uma palavra grega ( trico= cabelo, tilo=puxar) e define um comportamento crônico e incontrolável de arrancar fios de cabelo que, com o tempo, resulta em falhas perceptíveis.

O hábito, geralmente, é mais recorrente em picos de tensão e ansiedade e gera uma sensação de alívio para o indivíduo. Algumas pessoas que apresentam esse transtorno, agem de forma automática e não se dão conta do que estão fazendo. Isso pode acontecer quando estão assistindo televisão, lendo, falando ao telefone ou até dirigindo.

Como a compulsão em arrancar os cabelos é gerada?

Alguns estudos demonstram que a tricotilomania é muito mais comum do que se imaginava. É no início da adolescência que o problema costuma surgir e pode acompanhar a pessoa durante anos.

No final do século 19, o médico dermatologista francês, Henri Hallopeau, registrou pela primeira vez o distúrbio. Mas, demorou um século  para que a tricotilomania fosse incluída no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, na categoria dos Transtornos de Impulsos.

Certas condições específicas podem estar associadas ao problema, são elas:

  • Estresse
  • Ansiedade
  • Depressão
  • Traumas emocionais e histórico familiar
  • Uso de álcool e drogas
  • Transtorno Compulsivo Obsessivo (TOC)

Quais os principais sintomas da Tricotilomania?

  • Ter compulsão em puxar os fios de cabelo de forma repetida
  • Sentir alívio e uma sensação prazerosa ao arrancar os fios
  • Esconder o hábito e negá-lo para si mesmo
  • A mania passa a interferir na vida familiar, pessoal, escolar ou profissional
  • Ficar muito tenso ao tentar barrar o comportamento

O hábito age diretamente no sistema de recompensa do cérebro e dispara uma sensação de prazer que faz com que a pessoa sinta a necessidade de continuar. Da mesma forma como ocorre com uma dependência química.

É uma maneira de automutilação, que gera constrangimento e culpa. Isso acaba causando grandes impactos na vida da pessoa e afeta seu desempenho profissional e relacionamentos. Comprometendo a qualidade de vida de maneira significativa.

Cuidar da emoções é fundamental para lidar com o problema

Quem sofre com esse transtorno ou conhece alguém que apresente esse quadro, é fundamental procurar ajuda especializada para tratar os sintomas e a raiz do distúrbio.

Emoções tóxicas e reprimidas podem gerar o problema. Por esse motivo, além do tratamento médico, é importante que a pessoa procure aprender a lidar com as próprias emoções e saber como direcioná-las de forma mais saudável.

A Inteligência Emocional é uma excelente ferramenta para barrar compulsões ou então preveni-las. Conheça o Método MD, um treinamento atual e dinâmico, que tem como proposta o entendimento da raiz de problemas e desequilíbrios emocionais.