O alcoolismo por si só já é um problema sério. Porém, existe um agravante: o preconceito. Algumas pessoas não conseguem entender o problema como uma doença e atribuem o consumo excessivo de bebidas alcoólicas como fraqueza e um certo desvio de caráter. O que não é verdade.

Isso também costuma acontecer com a depressão, e o preconceito também interfere diretamente no diagnóstico e tratamento do transtorno. Confira neste artigo.

Mesmo sendo uma droga socialmente aceita – e muitas vezes incentivada pelo próprio círculo social, esse tabu que existe em torno do alcoolismo dificulta ainda mais que as pessoas admitam o vício e procurem ajuda.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso abusivo do álcool é responsável por mais de 200 doenças no mundo. Cerca de 5% das enfermidades são atribuídas ao consumo de bebidas alcoólicas.

O alcoolismo é um problema complexo. A pessoa passa a beber descontroladamente, de forma constante e progressiva. Muitas vezes, a vida social pode acabar colaborando para o desenvolvimento da doença. Seja em um simples jantar na casa dos amigos, um aniversário de um parente ou em um happy hour durante a semana. A bebida alcoólica quase sempre está presente nesses eventos.

Quando a doença se instala no organismo, o que era pra ser uma momento de diversão ou de relaxamento, na realidade pode gerar brigas, acidentes ou até mesmo violência física. E, com o tempo, o alcoolismo acaba afetando todas as esferas da vida. Impactando sua saúde, comportamento, trabalho e a vida familiar.

Confira os principais sintomas do alcoolismo

  • As doses começam a perder efeito, ocasionando o aumento do consumo
  • Vontade intensa e descontrolada para ingerir bebidas alcoólica
  • Passar muito tempo pensando, consumindo ou se recuperando dos efeitos do álcool
  • Abandonar outras atividades que antes davam prazer para passar esse tempo bebendo

Quais os fatores que desencadeiam o problema?

Os fatores são diversos e variam de acordo com cada indivíduo. Porém, as causas mais comuns são padrões familiares e fatores genéticos; traumas durante a infância; dificuldades como baixa autoestima e insegurança e desequilíbrios emocionais.

A Inteligência Emocional no combate ao alcoolismo

Para combater o vício, que não tem cura mas tem tratamento, é preciso admiti-lo. Essa costuma ser a etapa mais difícil para um alcoólatra. Afinal, trata-se de uma droga que até certo ponto é socialmente aceita. Admitir que existe uma dependência é o primeiro passo. Só assim é possível que tratamentos clínicos e emocionais tenham eficácia.

Após esse processo, é fundamental que a pessoa entenda que o impulso em beber também está relacionado com a falta de inteligência emocional. Ou seja: a dificuldade em lidar com tristeza, culpa, carência, solidão e com a raiva, acaba criando no indivíduo formas pouco saudáveis para extravasar. E o alcoolismo é uma delas.

Para aprender a controlar qualquer vício, é fundamental controlar as próprias emoções. E também entender quais são os gatilhos que geram as compulsões. Muitas vezes, quando a pessoa decide parar de beber, ela acaba encontrando outras formas para extravasar. O que é chamado entre a classe médica de redução de danos.

Caso você esteja vivendo isso ou então conviva com alguém que seja alcoólatra, saiba mais sobre os benefícios do Método MD. Certamente o treinamento pode auxiliar no tratamento e fazer com que você entenda quais gatilhos internos levam ao desenvolvimento de padrões compulsivos.