Um conflito familiar muito comum e que gera graves consequências é a alienação parental. Trata-se de um problema muito presente em famílias brasileiras e costuma ocorrer quando o casal enfrenta um difícil processo de divórcio ou separação.

Geralmente, esse conflito tem origem nas dificuldades em lidar com as próprias emoções e o casal acaba estendendo a briga para os filhos.

Esse assunto precisa ser debatido além da esfera jurídica. Afinal, a alienação parental pode ocasionar sérios danos para a saúde emocional de crianças e adolescentes.

O problema foi definido como uma síndrome por Richard Gardner. O psicólogo americano que estudou esse comportamento, diz que ele costuma ocorrer quando os pais usam os filhos como uma espécie de instrumento de vingança.

Alienação parental: um conflito familiar cada vez mais comum no Brasil

Desde 2010, a alienação parental é considerada como uma ameaça aos direitos fundamentais da criança e adolescente. O conflito, que ganhou destaque com a Lei 12.318, é uma prática que marca quase 80% dos casos de divórcio no país.

Por uma questão cultural, a justiça costuma dar às mães a guarda dos filhos. Mas, o número de guardas compartilhadas cresce a cada ano. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no início dos anos 2000, 2,7% dos casais que se separavam tinham a guarda compartilhada. Já em 2010, esse número era de 5,5%.

Ainda de acordo com o IBGE, esse tipo de custódia cresceu 7,5% em 2015. Já em 2017, foi para 12,9%. Esse novo modelo é cada vez mais comum em lares brasileiros. E a tendência é que cresça ainda mais. Afinal, é fundamental que ambos os genitores tenham participação ativa na vida da criança e nas decisões cotidianas.

Inteligência Emocional: uma importante aliada contra a Alienação Parental

O divórcio é sempre algo difícil e afeta todos os envolvidos. Porém, cabe aos pais minimizar os choques emocionais que a separação causa na vida dos filhos. Por isso, o pai ou a mãe não podem impossibilitar o convívio da criança com um dos seus genitores. Além disso, devem facilitar os encontros.

Quando o rompimento é feito com maturidade emocional e da forma mais amigável possível, fica mais fácil conduzir essa modificação na estrutura familiar. Certamente, quanto mais tranquilo for esse processo, menor será o desconforto para todos. Principalmente para as crianças . A separação conjugal não pode impactar no convívio entre pais e filhos.

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Confira quais atitudes evitar quando se está em conflito familiar

  • Não transfira suas frustrações pelo término para as crianças
  • Evite ao máximo se queixar ou falar mal do(a) ex na frente dos seus filhos
  • Não use as crianças como moeda de troca para negociar o que for que seja
  • Não impeça o convívio, ao contrário: busque estimular!

A separação conjugal costuma ser algo doloroso para a maioria dos casais. Mas, ao atravessar esse momento com Inteligência Emocional é possível minimizar os impactos na rotina das crianças. Mais do que isso: cria-se ferramentas valiosas para lidar com todos os sentimentos tóxicos que podem ser desencadeados durante essa fase.

Se você está passando por um momento como esse, conheça o Método MD e saiba como ultrapassar todas as barrerias que impedem com que você elime mágoas e emoções tóxicas que atingem seus filhos de maneira negativa.